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quarta-feira, 9 de março de 2011

Parques estaduais de Vila Velha e do Guartelá

Não sou muito chegado naquele carnaval tradicional, com samba, axé, folia etc. Então, no carnaval 2011, além de ir à Zombie Walk vestido de professor de Geografia zumbi, fiz uma viagem aos parques estaduais de Vila Velha e do Guartelá. Saí na segunda feira de carnaval bem cedo, visitei Vila Velha, acampei ao lado do Parque do Guartelá, na terça de manhã fui ao Guartelá e voltei na terça feira a tarde para a cinzenta Curitiba. Abaixo, um relato dessa experiencia.

Vila Velha 
Vila Velha: encontre o esquilo na foto. Foto: Prof. Lawrence.
Um pouco antes de chegar a Ponta Grossa, é possível avistar os arenitos de Vila Velha a direita da BR-277, no alto. A entrada do parque e o centro de atendimento são bem próximos a BR-277. Chegando ao local, todos o visitantes devem preencher um cadastro com informações pessoais e escolher quais passeios irão fazer pelo parque. Há preços diferenciados para os passeios (sim, em Vila Velha a entrada não é gratuita). Caminhar pelas trilhas dos arenitos (onde podemos ver a famosa "Taça", por exemplo) custa R$ 10,00. Enquanto visitar as furnas e a Lagoa Dourada custa R$8,00. Em ambos os casos, estudantes e professores pagam a metade do valor, mas devem, para tanto, ter algum documento que comprove isso (o que não foi o meu caso...). É possível fazer os dois passeios em um dia também. No meu caso, escolhi apenas o primeiro. 
Após preencher a ficha e pagar, os visitantes devem assistir a um vídeo curtinho sobre biodiversidade, unidades de conservação, preservação ambiental etc. Devo destacar que a estrutura para receber os visitantes é bem legal. O espaço conta com banheiros, lanchonete, loja de artesanatos e sala de projeção. Em seguida, de acordo com o passeio a ser realizado, deve-se pegar um ônibus que leva ao início das trilhas. Para furnas, os ônibus saem a cada duas horas, se não me engano. Para os arenitos não precisamos esperar tanto tempo.
Chegando ao início da trilhas dos arenitos, o monitor dá algumas orientações. O trajeto dura aproximadamente uma hora. O caminho é toda calçado e percorre as principais formações areníticas do parque, algumas com nomes curiosos, como "Garrafa", "Urso" etc e alguns capões de vegetação nativa (Floresta Ombrófila Mista). Pelo caminho sempre encontramos alguns monitores, sempre simpáticos, mas que não não dão nenhuma informação sem que precise pedir a eles. Em caso de um grupo grande de pessoas, um monitor acompanhará o pessoal durante a caminhada. Durante o trajeto, me deparei com alguns animais nativos da região, como o jacu (ave) e um esquilo. Ao terminar a caminhada, voltei ao centro de visitantes, fiz um lanche, comprei um souvenir (mania que tenho) e segui viagem.
Vila Velha: "Taça". Foto: Prof. Lawrence.
Camping da Dora. Foto. Prof. Lawrence
Depois de sair de Vila Velha, segui em direção ao Guartelá (em Tibagi). Tive um problema com o possante Fiesta 1.0 entre Ponta Grossa e Castro, na PR-151: um dos pneus de trás se desintegrou, literalmente, e eu não conseguia soltar dois dos parafusos que prendem o aro. Em alguns minutos chegou a viatura de ajuda do pessoal do pedágio. Também simpático o cidadão deu um jeitinho e trocou o pneu para mim (também, pelo preço que pagamos pelo pedágio... a concessionária deveria me dar um pneu novo. Ida e volta ao Guartelá totaliza cerca de R$ 40,00 em pedágio!!).
Ao sair da PR-151, peguei a PR-340, que dá acesso ao Guartelá. Nessa estrada pude perceber uma paisagem bem legal, mas nem sempre bem cheirosa. Nas duas margens da rodovia prevalecem os sítios e fazendas com plantações e criações de animais. Para chegar ao camping e ao parque saí da PR-340 e peguei uma estradinha de chão bem ruim (o fiestinha batia todo). Ao chegar a porteira do parque do Guartelá, peguei a direita uma estradinha de terra ainda pior que dá acesso ao "Camping da Dora" e seguir em frente. Quando comecei a pensar que tomei o caminho errado, cheguei ao camping. O local é bem agradável e estruturado, mas sem frescuras! Há banheiros, chuveiros quentes, cozinha coletiva, geladeira e um grande espaço para as barracas (uma barraca fica distante da outra). Na ocasião (carnaval) paguei R$ 20,00 a diária. É possível também ir passar o dia lá, fazer um churrasco e tomar banho de rio e cachoeiras que ficam dentro da propriedade, pagando para tanto, R$5,00.


Parque do Guartelá   
Cânion do Rio Iapó. Foto: Prof. Lawrence.
Na terça feira de manhã fui ao Guartelá, cansado, pois quase não dormi com medo que o vendaval a noite levasse o toldo da minha barraca embora. Tomei a estradinha do camping morro acima e atravessei a porteira do parque. Ao chegar, preenchi a ficha de cadastro, assisti ao vídeo sobre biodiversidade, unidades de conservação etc (mas não era o mesmo de Vila Velha). A estrutura para o visitante é bem diferente de Vila Velha: não há lanchonete e loja de artesanatos, por exemplo. Também não avistei nem um orelhão e o celular não funciona lá. Em seguida, dei início a caminhada de 2,5km morro abaixo em direção aos mirantes do parque (e que caminhada!). É possível fazer dois tipos de passeios gratuitos (no Guartelá os visitantes não pagam nada!): aos mirantes e aos locais com pinturas rupestres. Este último deve ser agendado e tem número máximo de visitantes por dia, para preservar o local das pinturas, além de ser guiado por um funcionário. 
Logo no início da caminha percebi que voltar não deveria ser muito fácil devido a forte descida da ida. Leve água para tomar! Após atravessar capões com araucárias e campos naturais cheguei a margem do Cânion do Rio Iapó. Esse cânion está entre os 10 maiores do mundo, com 32 km de extensão e altitudes que variam entre 700 e 1200 metros. As paisagens são maravilhosas! Tanto a "Cachoeira da Ponte de Pedra", quanto o mirante e os "Panelões", onde é possível tomar um banho de rio. Todo o caminho é sinalizado com uma "sinalização advinhativa" (já que se apresenta bastante desgastada) e há monitores em vários pontos. 
Terminada a visitação, é a hora da subida! Voltei ao centro de visitantes, peguei o possante e morro abaixo novamente em direção ao camping, almoçar e desmontar acampamento. 
Guartelá: Cachoeira da Ponte de Pedra. Foto: Prof. Lawrence.


Exibir mapa ampliado

O que levar:
Vila Velha e Guartelá
Roupas leves, calçado apropriado para caminhadas e com solado aderente, protetor solar, repelente de insetos, chapéu ou boné, água, lanche rápido e máquina fotográfica.

Camping da Dora 
Produtos de higiene pessoal, jaqueta corta vento e cobertores (a noite faz um vento frio!), acessórios de camping, alimentos práticos, utensílios de cozinha (pratos, talheres, canecas etc. Caso prefira, há alguns no camping, mas em poucas quantidades) e roupa para banho. 

Mais informações (histórico, localização, contatos etc.):


Fez alguma viagem "geográfica"? Gostaria de compartilhar suas experiências? Entre em contato pelo e-mail: law.malanski@gmail.com.

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